Por: Ana Palma, Miguel Oliveira

 

Primeiro vem a febre, alta e súbita e um cansaço extremo, acompanhados de dor de cabeça, nos ossos, músculos e articulações e atrás dos olhos. É por isso que a dengue era conhecida antigamente como febre quebra-ossos.

Esses sintomas surgem de três a 15 dias após a picada pelo mosquito infectado, mas geralmente este tempo é menor, de cinco a seis dias. Contudo, dos infectados por um vírus da dengue, entre 20 e 50% não vão apresentar sintomas.

Metade das pessoas apresenta o que os médicos chamam de exantema clássico, uma vermelhidão que aparece na pele, geralmente na face, nas costas, no peito e na barriga, nos braços e pernas, mas também atingindo a plantas dos pés e mãos, acompanhada ou não de coceira. Ao pressionar as costas de alguém com exantema, uma marca de mão fica bem visível. Outros sintomas podem ser falta de apetite, náuseas, vômitos e diarreia pastosa.

Nos casos mais brandos de dengue, o tratamento costuma ser repouso, beber muito líquido e usar antitérmicos que não contenham ácido acetilsalicílico. A recuperação leva de seis a 10 dias, Contudo, é importante procurar um médico, porque a doença pode se agravar rapidamente.

 

Sinais de Alerta

São sinais de alerta para formas mais graves de dengue: sangramentos, vômitos intensos, aumento do fígado, pressão arterial baixa ou convergente, sonolência, queda de temperatura, redução abrupta do número de plaquetas, sono e irritação intensos, diminuição do suor, dificuldade respiratória. É importante procurar assistência médica rapidamente, para evitar o agravamento do quadro.

Sangue nas fezes, hemorragia debaixo das unhas, nas gengivas, vômito com sangue, sangramento uterino – esses são sintomas das formas hemorrágicas da dengue, indicando extravasamento do plasma. Nos casos mais severos, o paciente pode piorar rapidamente, entrar em choque e, se não tratado, morrer em 12 a 24 horas.

Em alguns casos, a dengue pode vir acompanhada de manifestações clínicas do sistema nervoso, como delírio, sonolência, depressão, psicose, demência, paralisias e encefalites, entre outras.

Data Publicação: 02/12/2021