Por: Maria Ramos
Infecções por bactérias do gênero Erlichia são conhecidas há muito tempo pela medicina veterinária, mas os primeiros casos humanos foram reconhecidos somente em 1987. O número de pessoas vítimas da erlichiose vêm aumentando muito em países como os Estados Unidos. No Brasil, esta doença ainda é pouco diagnosticada em humanos, mas já se têm registros em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
As espécies de erlichias associadas à doença, no homem, são transmitidas no país pelo carrapato marrom do cão, da espécie Rhipicephalus sanguineus. Depois que a pessoa é infectada, os sintomas da doença surgem, em média, 10 dias depois.
A erlichiose humana pode se manifestar sob duas formas:
Erlichiose monocítica humana – Os sintomas principais são febre, dores musculares, dor de cabeça, falta de apetite, vermelhidão da pele, náuseas, vômitos, diarreia, faringite, tosse, diarreia, dor abdominal e confusão mental. Estima-se que somente um terço dos infectados fiquem doentes. A imunidade da pessoa diminui, o que facilita o surgimento de infecções oportunistas. Assim, o paciente pode ficar curado de uma pneumonia, por exemplo, mas logo em seguida ele contrai outra doença, porque as defesas do seu organismo estão debilitadas.
Erlichiose granulocítica humana – Os sintomas iniciais se assemelham ao de um quadro gripal, com febre, calafrios, náuseas e vômitos, aumento dos gânglios e dor de cabeça. A doença é de grau moderado a grave se não for tratada. Exames laboratoriais podem levar o médico a confundir a doença com algum tumor.
Data Publicação: 17/01/2022