Por: Maria Ramos
A febre Q é uma rickettsiose causada pela Coxiella burnetti, que pode ser transmitida por carrapatos, nos Estados Unidos e em várias outras regiões do mundo. Ainda não foi diagnosticada no Brasil. Bois, ovelhas e bodes são reservatórios primários da doença, mas vários outros animais também podem ser contaminados, inclusive os domésticos.
O micro-organismo causador da febre Q é muito resistente e pode sobreviver por longos períodos no ambiente, disseminando-se pela poeira contaminada. Infecções humanas ocorrem normalmente pela inalação da bactéria, presente no ar, ou contato com fluidos e excretas de animais infectados, como sangue, leite e fezes. A transmissão por carrapatos e por contato direto com pessoas doentes é rara.
O período de incubação da febre Q depende da quantidade de micro-organismos que infectam a pessoa, mas geralmente a doença se manifesta dentro de duas a três semanas. Entretanto, metade das pessoas infectadas não apresenta sintoma algum de infecção. A doença, em geral, caracteriza-se por febre alta, por uma ou duas semanas, dor de cabeça, cansaço, dor no corpo, dor de garganta, calafrios, suor excessivo, tosse, náusea, vômitos, diarreia, dor de barriga, e dor no peito.
Entre os pacientes que apresentam sinais da doença, 30 a 50% desenvolvem pneumonia, e a maioria tem hepatite. Geralmente, os pacientes se recuperam após vários meses, sem nenhum tipo de tratamento. Somente cerca de 1 a 2% morre devido à doença, que é difícil de ser diagnosticada. O tratamento pode ser feito com antibióticos. Já existe uma vacina para a febre Q, mas não é economicamente viável.
Data Publicação: 17/01/2022