Este texto é uma adaptação da coleção Os Mensageiros das Estrelas, do Museu da Vida Fiocruz. Você pode conferir este e outros conteúdos da coleção no site!
Saiba mais sobre os diferentes tipos de eclipse solar, um dos fenômenos naturais mais admirados em todo o mundo
Sempre que algum corpo celeste entra na sombra de outro dizemos que ocorre um eclipse. Um eclipse solar acontece quando a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol, impedindo momentaneamente a luz da estrela de chegar por completo em algumas regiões da Terra.
Contudo, a Lua nem sempre está na mesma direção, alinhada com o Sol e a Terra. Sendo assim, os eclipses não ocorrem todos os meses porque os planos das órbitas da Lua e da Terra não estão alinhados entre si, apresentando uma leve inclinação de aproximadamente cinco graus.
Saiba mais:
Como observar um eclipse solar?
Na rota do eclipse que será visível no Brasil em outubro de 2023
Os tipos de eclipses
O Sol, a Terra e a Lua são essenciais para que esse evento astronômico aconteça. Eles são, de fato, são os verdadeiros astros desse espetáculo, que pode variar de acordo com a posição deles.
É a localização desses três astros que vai definir o tipo. Esses são os tipos de eclipses:
Eclipse solar total
Este tipo de eclipse ocorre quando a Lua está entre o Sol e a Terra, bloqueando completamente a face da estrela. Quando isto acontece, o céu escurece completamente para as pessoas situadas na região central da sombra. Nesse caso, o observador pode visualizar até a coroa do Sol, a camada mais externa da estrela que, normalmente, é obscurecida por sua face brilhante.
Eclipse solar parcial
Um eclipse solar parcial ocorre quando a Lua está entre o Sol e a Terra, entretanto, estes três corpos celestes não estão alinhados perfeitamente. A variação de posição dos astros leva a um eclipse parcial, onde observamos apenas uma porção relativa do disco solar encoberto pelo satélite natural. A impressão é que o Sol foi “mordido” pela Lua.
Eclipse solar anular
O fenômeno ocorre quando a Lua fica entre o Sol e a Terra e, por sua vez, está no ponto mais distante (apogeu) de sua órbita da Terra. Sob o nosso ponto de vista, o tamanho aparente da Lua é menor que o tamanho aparente do Sol. Isso faz com que a estrela solar não seja totalmente “coberta” pela Lua, deixando suas bordas de fora e, portanto, dando um efeito visual de um disco escuro em cima de um outro maior e brilhante. Esse efeito luminoso é conhecido como “anel de fogo”.
Os eclipses anulares e totais do Sol são visíveis em suas particularidades somente em uma faixa estreita da Terra. Em ambos, os observadores localizados fora da área coberta pela sombra interna da Lua conseguem visualizar apenas de forma parcial.
Por que há tipos diferentes de eclipse solar?
A diferença entre os tipos de eclipse solar ocorre porque o Sol projeta a sombra da Lua formando um cone. Como o Sol é gigantesco, a luz emitida pelos seus diferentes pontos gera um padrão de sombras.
Somente nos locais onde o centro do cone passa (a umbra) é possível ver o Sol inteiramente coberto. Nesses locais, acontece um eclipse total.
- Umbra: área da sombra que não ganha luz de nenhum ponto da fonte.
- Penumbra: área da sombra que ganha luz de alguns pontos da fonte.
Como a distância Lua-Terra varia, em alguns eclipses, o foco do cone umbral da Lua acaba se formando antes da Terra, o que leva à não cobertura completa do Sol. Nessas ocasiões, dizemos que houve um eclipse parcial ou anular.
Todas essas situações estão ilustradas na figura:
Observe na imagem acima os raios que saem do ponto superior e do ponto inferior do Sol. A combinação desses raios (e de todos os pontos do Sol voltados na direção da Lua) geram os efeitos de sombras que observamos aqui da Terra.
Fontes consultadas:
ABREU, W. Fenômenos Extra(Ordinários). In: COLONESE, P. (Org.) Os Mensageiros das Estrelas: Sistema Solar, volume 3, – Rio de Janeiro: Fiocruz – COC, 2020. p. 69-87. Disponível em: <https://www.museudavida.fiocruz.br/images/Publicacoes_Educacao/PDFs/OMESSolar2020vol3.pdf> Acesso em 25 de setembro de 2023.
ABREU, W. Fenômenos Extra(Ordinários). In: COLONESE, P. (Org.) Os Mensageiros das Estrelas: Sistema Solar, volume 9, – Rio de Janeiro: Fiocruz – COC, 2021. p. 65-79. Disponível em: <https://museudavida.fiocruz.br/images/Publicacoes_Educacao/PDFs/OMESSolar2021vol9.pdf > Acesso em 25 de setembro de 2023.
Por Willian Vieira de Abreu, sob supervisão de Paulo Henrique Colonese. Adaptado por Renata Bohrer para o Invivo.
Data Publicação: 11/10/2023
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