Por: Maria Ramos
Os astros sempre tiveram uma importância enorme para a orientação e para localização dos pontos cardeais – Norte, Sul, Leste e Oeste – principalmente antes da invenção da bússola. Com um pouco de prática, você também pode aprender a se orientar pelo céu!
Para quem está no hemisfério norte do planeta, que inclui a América do Norte, América Central, Europa, Ásia e a parte norte da África, pode ser muito fácil achar os pontos cardeais quando se tem o hábito de observar as estrelas. Basta encontrar no céu, durante a noite, uma estrela chamada Polar que nunca sai do lugar.
Essa estrela não nasce de um lado e nem se põe do outro, porque ela está bem na direção do eixo de rotação da Terra, sobre o Polo Norte. Por causa de sua posição, alguém que observe a estrela Polar tem a impressão de que todas as outras estrelas giram ao redor dela.
A rotação consiste no movimento giratório da Terra em torno do seu eixo, uma linha imaginária que passa pelo centro da Terra e que atravessa os polos Norte e Sul.
A estrela Polar faz parte da constelação Ursa Menor. Se nos colocarmos de frente para a Polar, encontramos o Norte e, então, às nossas costas temos o Sul, à direita o Leste e à esquerda o Oeste.
Mas a Polar é vista por quem está no hemisfério norte do planeta. Nós, que estamos no hemisfério sul, podemos usar como referência, à noite, a constelação do Cruzeiro do Sul. Ele é formado por um grupo de cinco estrelas, brilhantes o suficiente para serem vistas, mesmo da cidade, com as luzes acesas.
Para encontrar o Cruzeiro do Sul você pode recorrer a duas estrelas da constelação do Centauro, muito brilhantes, conhecidas como guardiãs da cruz. Elas estão sempre próximas do Cruzeiro do Sul, como se estivessem guardando a cruz e apontando sua direção: Alfa do Centauro e Beta do Centauro.
Depois que você tiver encontrado o Cruzeiro do Sul, basta prolongar o braço maior da cruz quatro vezes e meia e traçar uma linha imaginária até o horizonte para encontrar o Sul. Olhando de frente para o Sul, atrás de você estará o Norte, à direita o Oeste, e à esquerda o Leste.
Cuidado! Não adianta prolongar o braço da cruz até o horizonte, pois você não encontrará o Sul. O que você deve fazer é medir quatro vezes e meia a partir do pé da cruz e, aí, descer para o horizonte onde estará o Sul.
Saiba mais:
Fontes de informações:
http://www.silvestre.eng.br/astronomia/criancas/orientasol
http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/ensino-fundamental-astronomia/parte1a.html
Agradecimentos:
Alexandre Cherman, astrônomo da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro.
Consultoria: Tereza Costa – Museu da Vida / Fiocruz
Data Publicação: 01/12/2021