Por: Ana Palma
Em 6 de novembro de 1880 ao examinar o sangue de um paciente com malária em um hospital militar argelino, Charles Louis Alphonse Laveran observou parasitas movendo-se com vivacidade em torno das hemácias. Sua descoberta foi recebida com ceticismo pela comunidade científica, já que era a primeira vez que a causa de uma doença era atribuída a um protozoário. Gradualmente, estudos realizado por pesquisadores em diversos países confirmaram suas conclusões. Em 1907, Laveran recebeu o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia pela descoberta do plasmódio e por seus estudos sobre o papel dos protozoários como agentes nas moléstias.
Nascido em Paris em 18 de junho de 1845, Laveran era filho e neto de médicos e formou-se em Medicina na Escola de Medicina Militar de Estrasburgo em 1867. Sua carreira como médico militar levou-o à Argélia, onde desenvolveu seus estudos sobre a malária, confirmando suas descobertas em pesquisas na Itália. Em 1897, ingressou como pesquisador voluntário no Instituto Pasteur. Desenvolveu importantes estudos sobre protozoários responsáveis por doenças humanas e de animais, especialmente plasmódios e tripanozomatídeos. Foi o primeiro a levantar a hipótese da transmissão da malária por mosquitos. Morreu em Paris em 18 de maio de 1922.
Data Publicação: 02/12/2021