Por: Daniele Souza
No início, tentou-se dirigir um balão utilizando um motor a vapor ou com a força humana. É, isso mesmo. Imagine espécies de “remos”, que, lentamente, permitiam o deslocamento. E então surgiram os motores elétricos.
Seria a solução para tornar os balões dirigíveis, não fosse o peso dos motores, junto a caldeiras ou baterias. Várias experiências foram realizadas. O engenheiro Henri Giffard, entre outros inventores, chegou a realizar voos bem-sucedidos, embora o problema da dirigibilidade ainda não tivesse sido resolvido. Era preciso definir um trajeto e um tempo, sendo capaz de realizá-los.
Acidentes também ocorriam; o alemão Karl Wölfert tentou utilizar um motor a petróleo acoplado ao balão. A ideia de juntar um motor a explosão a um balão cheio de gás representava um risco de explodir tudo. Foi o que aconteceu em junho de 1887. Santos Dumont é quem consegue ligar o motor a gasolina a um balão de hidrogênio.
Decidido a solucionar o problema da dirigibilidade, Santos Dumont construiu diversos balões dirigíveis. O primeiro de seus inventos foi um pequeno balão simples, sem motor, que ele chamou de Brasil. Logo ele construiu um novo balão com motor e, para afastar o risco de explosão, colocou o motor suspenso, distante do balão. Em 1898, mal posicionado ao tentar voar, acabou jogado nas árvores pelo vento.
Dois dias depois, numa outra tentativa, o mau funcionamento de uma válvula fez com que o balão perdesse a forma e iniciasse a queda. Santos Dumont foi salvo por uma corda pendendo do balão, puxada por umas crianças, fazendo o balão descer como pipa!
Finalmente, em 1901, Santos Dumont consegue um balão leve, que pode subir facilmente, reunido a um motor pequeno de alta potência; o conjunto voava sem explodir! Com seu sexto dirigível, ele contornou a Torre Eiffel e retornou em 30 minutos, completando o desafio proposto pelo Aeroclube da França e recebendo o Prêmio Deutsch de La Meurte.
Data Publicação: 18/01/2022