Por: Daniele Souza
Fuleco
Você já deve ter ouvido falar do Fuleco, não? Brincadeiras à parte, este é o nome oficial da mascote da Copa do Mundo da FIFA 2014, escolhido por votação, que representa a mistura das palavras futebol e ecologia. Não por acaso esta mascote é inspirada em uma criatura nativa do Brasil, o tatu-bola, uma das onze espécies de tatu no Brasil. Saiba mais sobre ele.
Na verdade, o nome científico deste bichinho é Tolypeutes tricinctus. Mas ele é conhecido por bola, tatu-bola, bolinha, tranquinha, tatu-bola do Nordeste, entre outros apelidos. Isto porque ele tem a habilidade de se enrolar para se proteger, quando ameaçado, aparentando mesmo uma bola.
O tatu-bola é um animal brasileiro que vive na Caatinga e em áreas do Cerrado, podendo ser encontrado em alguns estados, como Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Goiás, Tocantins e Pernambuco. Ele não escava buracos e fica em tocas abandonadas.
De hábito noturno, este mamífero gosta de comer aranhas, frutas, areia, especialmente formigas e cupins. Ele pode chegar a ter 50 cm de comprimento e a pesar 1,2 kg.
Na época de reprodução, as fêmeas são acompanhadas por mais de um macho e os filhotes nascem completamente formados. Normalmente, as fêmeas têm apenas um filhote, mas às vezes podem gerar dois filhotes.
Proteção
O hábito de assumir o formato de uma bola e ficar parado o ajuda a se proteger de predadores. Entretanto, o desmatamento, as queimadas, a expansão das áreas agrícolas e, sobretudo, a caça, vêm se tornando uma ameaça à existência da espécie.
Atualmente, o tatu-bola faz parte da Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, do Ministério do Meio ambiente, uma forma de tentar a conservação da biodiversidade brasileira. Também integra a categoria “vulnerável”, que representa um risco elevado de extinção na natureza, na classificação utilizada pela União Internacional para a Conservação da Natureza, (International Union for Conservation of Nature – IUCN).
Responsável pela campanha para o tatu-bola ser a mascote da Copa 2014, a organização Associação Caatinga, em parceria com a The Nature Conservancy (TNC) e grupo de especialistas da IUCN, desenvolve o Projeto de Conservação do Tatu-bola.
Fontes de informação:
Data Publicação: 23/11/2021